quarta-feira, 19 de julho de 2017

Crianças que foram indicadas ao Oscar



O Oscar é o prêmio mais importante e mais famoso da Sétima Arte. Acredito que muitos de nós concordamos que nem sempre é uma premiação justa e várias injustiças já aconteceram ao longo dos anos. De qualquer forma, ninguém nega a popularidade da premiação. Mesmo discordando dos resultados, todos cinéfilo que se preze sempre assiste a entrega das estatuetas todos os anos. Hoje, listaremos aqui os atores infantojuvenil que ganharam ou concorreram ao Oscar. Tomamos como referência atores que estavam abaixo dos 18 anos, quando receberam suas indicações.

Anna Paquin - O Piano (The Piano - 1993)



Anna Paquin, atriz canadense, concorreu ao Globo de Ouro e ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (1994) vivendo a menina Flora McGrath no filme "O Piano" de 1993. A personagem é uma criança doce que tem alterações bruscas de humor. Ótima interpretação!

Tatum O'Neal - Lual de Papel (The Paper Moon - 1973)



Tatum O'Neal é Addie, uma criança de apenas 9 anos que fica órfã e precisa atravessar o estado para ficar com sua tia. Quem a leva é Moses Pray (Ryan O'Neal), um homem que ganha a vida à custa de golpes. Addie passa a participar desses golpes e, apesar dos dois não serem muitos amigos, logo começa a surgir uma amizade. O'Neal é americana. Ela tinha 11 anos, quando ganhou o prêmio.



Patty Duke - O Milagre de Anne Sulivan (The Miracle Worker - 1962).





Patty Duke, com 16 anos, ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e concorreu ao Globo de Ouro pelo papel de Helen Keller; uma criança que nasceu cega, surda e muda. Os pais contratam um professora para tentar eliminar as dificuldades vividas pela menina. Anne Bancroft encarnou a professora e também ganhou o Oscar pelo papel. O filme foi indicado para as categorias de Melhor Diretor.



Jackie Cooper - Skippy (1930)


Com apenas 8 anos, Jackie Cooper concorreu ao Oscar de Melhor Ator por seu papel em Skippy. O ator foi a pessoa mais jovem a ser indicada ao prêmio. O filme conta a história de dois meninos que tentam arrumar dinheiro para criar um cachorro. É um filme comovente e faturou o Oscar de Melhor Direção.


Bonita Gravielle - Infâmia (These Three - 1936)



Com 14 anos, Bonita Gravielle concorreu ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante com o papel de uma aluna que traça um plano de vingança contra duas professoras. Filme dirigido por Willian Wyler.






Jodie Foster - Taxi Driver (1976)


Aos 14 anos, Jodie Foster foi indicada ao Oscar com a personagem Iris, uma criança que se prostituía aos 12 anos de idade. Uma atuação forte ao lado de Robert De Niro e Cybill Shepherd. Mais tarde, Foster levaria o prêmio por seus trabalhos em Acusados e o Silêncio dos Inocentes. Teve uma indicação com o filme Nell de 1994, mas não levou.



Abaixo atuações que mereciam, mas não levaram o prêmio


Haley Joel Osment - O Sexto Sentido (Sixth Sense, The - 1999).


Hailee Steinfeld - Bravura Indômita (True Grit - 2010)


Abigail Breslin - Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine - 2006

Saoirse Ronan - Desejo e Reparação (Atonemet - 2007)


Keisha Castle-Hughes - Encantadora de Baleias (Whale Rider - 2002)


Quvenzhané Wallis - Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild - 2012


Justin Henry - Kramer vs. Kramer (1979)


Jack Wild - Oliver! (1968)


Patty McCormack - A Tara Maldita (Bad Seed, The - 1956)



Quinn Cummings - A Garota do Adeus (The Goodbye Girl - 1977)


Brandon de Wilde - Os Brutos também amam (Shane - 1953)

Mary Badham - O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird - 1962)


Linda Blair - O Exorcista (The Exorcist - 1973)




terça-feira, 7 de março de 2017

25 filmes com ótimas atuações de crianças

cinemacela


Crianças são sinônimo de pureza e magia, que são vistas como seres inocentes que precisam de carinho, cuidado e proteção. E é no mundo do cinema que podemos perceber quanto uma criança pode ser madura, criativa, versátil e principalmente nos hipnotizar com suas atuações. Listamos aqui 25 filmes com interpretações belíssimas de crianças nos mais variados papéis da Sétima Arte.

O Quarto de Jack (Room) - 2015



 O Quarto de Jack nos conta uma história comovente de Jack, uma menino que nasceu num quarto apertado e nunca saiu de lá. Ele não conhece o mundo em que vivemos e acredita que as únicas pessoas existente, além dele, são sua mãe e o "velho Nick". Jacob Tremblay faz o papel de Jack e contracena na maior parte do filme com Brie Larson (sua mãe). Larson faturou o Oscar de melhor atriz naquele ano, mas na nossa humilde opinião o verdadeiro merecedor era o menino Jacob. Em um atuação profunda, ele nos comove e encanta.

O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno) 2006


Esse filme maravilhoso foi dirigido por Guillermo del Toro e nos mostra Ofelia, vivida por Ivana Baquero, uma criança que se muda com a mãe para a casa de seu futuro padastro, uma general fascista. Para conseguir viver a dura realidade, Ofelia traça um mundo paralelo em sua imaginação, onde habitam seres fantásticos. É delicioso e triste ver Ofelia vivendo entre os dois mundos. Um filme que nos deixa a dúvida entre a existência do mundo real e do mundo da fantasia.

E.T. - O Extraterreste (E.T. The Extra-Terrestrial) 1982

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E.T. é um filme de presença obrigatória na lista de qualquer cinéfilo. Dirigido pelo grande Steven Spielberg, nos apresenta uma criatura de outro planeta que é deixada na Terra e encontrada por Elliot, vivido por Henry Thomas. O ator mirim se sai muito bem no papel e nós ficamos empolgados e na torcida pelo menino e pelo E.T.. Filme bom, para ser assistido com toda a família!


O Iluminado (Shining) - 1980


Uma família se muda para um hotel, onde o pai consegue um emprego. Durante a temporada de inverno, eles ficam isolados e sem hóspedes, o que faz com que o pai (Jack Nicholson) comece a ter alucinações. Clássico do terror, O Iluminado é dirigido por Stanley Kubrick, que por si só já é sinônimo de qualidade. A soma de Kubrick, Nicholson e Danny Lloyd nos proporciona um filme de horror que assusta de verdade, com um terror psicológico e cenas horripilantes. O menino Danny Lloyd faz o papel do filho de Nicholson e podemos afirmar que nas cenas mais assustadoras temos a criança interpretando igual a gente grande. Difícil até escrever sobre. Essa é uma experiência que merece ser assistida.

A Garota do Adeus (The Goodbye Girl) 1977

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Um ex-dançarina mora em um apartamento com sua filha. Sem menos esperar, o dono do apartamento chega para morar com as duas. Depois de algumas brigas, eles chegam a um acordo, mas depois as coisas voltam a piorar. Quinn Cummigs faz o papel da filha e tem interpretação perfeita. O papel acabou rendendo à menina uma indicação ao Oscar de 1978 com o melhor atriz coadjuvante. Uma comédia romântica fofinha.

Conta Comigo (Stand By Me) 1986



Conta Comigo tem um time de atores mirins que dão uma show de interpretação. Dirigido por Rob Reiner, conta a história de quatro amigos que saem em busca do corpo de um menino, que foi atropelado por um trem, em troca de uma recompensa. As crianças são: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Jerry O'Connell. Corey Feldman era o ator mirim mais popular da época e conhecemos vários filmes dele da Sessão da Tarde. Todos interpretaram muitos bem os seus papéis, mas achamos que River Phoenix se sobressaiu. Phoenix ficou com a missão de interpretar o mais rebelde de todos e nao deixou por menos. Conta Comigo é o sinônimo da inocência e nos lembra como foi bom ser criança.

A Vida é Bela (La Vita é Bella) 1997


Filme que faz chorar, dirigido e estrelado por Roberto Benigni, nos imerge no mundo do Guido e Giosué presos em um campo de concentração na Itália. Roberto Benigni contagiou a todos no papel do Guido e ganhou um Oscar pelo papel, mas Giorgio Cantarini interpreta o menino Giosué de uma forma tão doce, tão suave, que é possível até acreditar naquele mundo competitivo criado pelo pai. Ganhador do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira.
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Lua de Papel (Paper Moon) 1973

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Tatum O'Neal, a atriz mais jovem a ganhar um Oscar por sua atuação, vive neste filme a Addie. Uma menina órfã irritante que aos poucos vai ficando doce. O filme de 1973 foi dirigido por Peter Boagdanocich. Tem um roteiro ótimo e uma fotografia em branco e preto belíssima. 


Os Brutos também Amam (Shane) 1953

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Em um faroeste clássico dos bons conhecemos Shane, um homem misterioso que acaba sendo contrato por uma família para trabalhar em sua fazenda. Shane cria amizade com Joey (Brandon de Wilde) um menininho muito, muito, muito fofo. É uma gracinha ver esse menininho atuando. O papel rendeu a Brandon de Wilde uma indicação mais que merecida ao Oscar de 1954.



Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sushine) 2006

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Abigail Breslin faz o papel de Oliver, uma menininha que atravessa os Estados Unidos em uma combi com sua família para participar de um concurso de beleza. Essa comédia engraçadinha traz uma família bem maluca fazendo de tudo para que a Oliver chegue ao concurso. Abigail era coadjuvante, mas roubou a cena e fui indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Mais uma interpretação fofinha em uma filme para se assistir com a família.

O Exorcista (The Exorcist) 1973


Linda Blair não faz um papel fofinho. Temos aqui Regan, uma menininha que é possuída por um ente maligno. Linda faz o papel com tamanha perfeição e fica assustadora. O filme, aliás, é um dos mais assustadores já realizados, na minha humilde opinião. Tive medo de verdade, quando assisti. Acredito que pelo fato de estar acontecendo com uma criança choca ainda mais. Filme que não é para toda a família, mas também não é aconselhável que seja assistido sozinho. Muito menos depois das 18 horas. Fica a dica! Linda Blair concorreu ao Oscar por Melhor Atriz Coadjuvante, mas perdeu para outra criança Tatum O'Neal por Lua de Papel.

Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles) - 1994


Kirsten Dust nos presenteou com a atuação digna de muitos aplausos no papel de Claudia, uma vampirinha sedenta por sangue, que vive com dois vampiros, que a criam como filha. O papel de Kirsten é muito interessante, pois ela começa como uma criança, mas termina como uma mulher adulta. Como os vampiros não envelhecem, e Claudia é mordida quando criança, apesar dela amadurecer, continua no corpo de uma criança. 

Taxi Driver (1976)


Jodie Foster, ainda criança, recebe sua primeira indicação ao Oscar no papel Iris, uma prostituta de apenas 12 anos de idade. Ao conhecer essa triste realidade, Travis (Robert De Niro) enlouquece e começa a extravasar toda a sua raiva, antes adormecida, pela cidade de Nova Iorque. Foster foi indicada mais três vezes ao Oscar (somando 4 indicações) e ganhou duas vezes por Acusados e Silêncio dos Inocentes.


Desejo e Reparação (Atonement) 2007


Saoirse Ronan interpreta Briony, uma criança perversa e dissimulada, que aos olhos dos pais é pura e inocente. Por ato mimado e inconsequente, ela muda drasticamente o futuro de um casal que se ama. Saoirse Ronan ganhou uma indicação por este papel. Uma personagem difícil de se perdoar. O filme é dirigido por Joe Wright e nos passa uma sensação de angústia do início ao fim. Bom filme!

Kramer vs. Frames - 1979

Esse filme ganhador do Oscar de Melhor Filme em 1980 só tem interpretações extraordinárias. Ficamos com pena de Billy (Justin Henry), quando ele é abandonado pela mãe. Morando com o pai, torcemos para que a mãe volte. Mas depois de um tempo, já não temos certeza se queremos a mãe de volta. O desfecho termina em uma ação judicial pela guarda de Billy. Justin Henry foi indicado ao Oscar pelo papel do menino que fica no meio da confusão e da briga dos pais. Seus pais Dustin Hoffman e Meryl Streep ganharam Oscar pelos seus papéis no mesmo ano. Com esse time de atores, Kramer vs. Kramer precisa ser visto.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense) 1999


Não dá para falar muito sem contar a grande surpresa do filme. Basicamente, Cole é um garotinho que vê gente morta. Sua mãe contrata um psicólogo para ajudar o menino a se curar das alucinações. Que aflição é ver este menino nas cenas. Ele nos passa um medo, aflição e angústia. E morremos de pena dele. A cena final provoca litros de água. Umas das cenas mais emocionantes entre filho e mãe. Haley Joel Osment concorreu ao Oscar com este papel.


Esqueceram de Mim (Home Alone) 1990





Quando se fala em Macaulay Culkin, é impossível não lembrar do Kevin de Esqueceram de Mim; um menininho que é esquecido pela família na semana do Natal. E fica sozinho em casa causando muitas confusões. Culkin fez o personagem com muita desenvoltura e é o grande responsável pelo sucesso do filme.


Deixa Ela Entrar (Lä Deb Rätte Komma,In) 2008

Um suspense/terror que narra a história de duas crianças. Vividos pelos atores mirins Käre Hedebrant e Lina Leandersson. Oskar é um menino tímido, que sofre byllying na escola e é ajudado por Eli. Uma história fascinante sobre o amor na pré-adolescência com um toque de horror.



Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland) 2004



Conta a história de como James M. Barrie se inspirou para escrever a peça Peter Pan. James passa um tempo com 4 crianças. Entre elas está Peter (Freddie Highmore) um menininho adorável que precisa entender o sentido da vida muito jovem. A cena final dele com Johnny Deep é de tirar o fôlego.




Cidade de Deus (2002)

Douglas Silva deixou o mundo boquiaberto ao interpretar Dadinho, um pequeno infrator em Cidade de Deus, que ao crescer se torna um traficante temido, Zé Pequeno. Cidade de Deus, na minha mais que humilde opinião é o melhor filme realizado no Brasil e foi dirigido por Fernando Meirelles. Possui um roteiro genial e uma fotografia primorosa. O filme teve 4 indicações ao Oscar.

Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern) 2012


Imagine você ficar com aquele sentimento de dó. Isto é o que acontece com a Indomável Sonhadora. Dá tanta peninha dela. Quvenzhané Wallis vive a Hushpuppy, uma menina que vive com o pai em uma comunidade. Após uma tempestade, a menina adoece e sai em busca da mãe. Simplesmente fascinante. Que interpretação! Wallis perdeu o Oscar para Jennifer Lawrence, e cá para nós, a criança foi muito melhor que a Lawrence.



O Piano (The Piano) 1993


Narra a história de uma mulher que se muda com sua filha e seu piano para um país diferente por conta de um casamento arranjado. Anna Paqquin simplesmente roubou a cena e tomou conta do filme, apesar de ser coadjuvante. A interpretação rendeu a ela Oscar de Melhor Atriz pelo trabalho.


Cinema Paradiso (Cinema Paradiso) 1988

Uma história fantástica sobre um cinema e sua influência na vida de uma cidadezinha. Também vemos Salvatore, vivido por Salvatore Cascio, uma criança muito esperta que sempre dá um jeito de entrar no cinema. Um filme esplêndido. Vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. Salvatore é carinhosamente chamado por Toto e podemos ver uma linda amizade entre Toto e Alfredo.



A Profecia (The Omen) 1976


Uma mulher tem seu filho trocado na maternidade pelo Anti Cristo. A criança é vivida por Harvey Stephens. Que interpretação assustadora. Stephens faz bem o papel de Damien, quando fica sério passa para gente aquela angústia de filmes de terror.


O Campeão (The Champ) 1979


Esse sim é um filme que te faz chorar como todo bom filme dirigido por Franco Zeffirelli. Conhecemos a história de ex boxeador fracassado e o seu filho que nunca deixou de enxergar a figura de herói no pai. Ricky Schroder interpreta T.J, uma criança com um mundo pela frente, cheia de sonhos. O que vemos aqui é interpretação que faz amolecer até os mais durões. Assista com lencinhos.

domingo, 5 de março de 2017

Blaxploitation - Os 5 melhores filmes

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Na década de 70, surgia em Hollywood um movimento cinematográfico que dividiria opiniões dos expectadores. Até então, negros eram vistos em papéis menores e em sua grande maioria eram os vilões. A segregação racial vigente, legalmente, nos Estados Unidos ficou presente até o final da década de 60. Contudo, mesmo com a ilegalidade da segregação, o racismo era latente e o reflexo no mundo do cinema não poderia ser diferente. Assim, surgia no início da década de 70, um movimento impulsionado por empresários negros, atores e diretores, todas da raça negra, visando atingir um público negro através da representação da sua raça na tela grande. Os filmes têm como características protagonistas de personalidade forte, atraentes e geralmente heróis (ou anti-heróis) que lutam para amenizar as mazelas e injustiças sofridas pelos negros. Os vilões, em sua maioria, policiais brancos que oprimiam os menos favorecidos. As trilhas sonoras eram formadas por músicos de sucesso de público e crítica da música negra norte americana e ajudou a enriquecer os filmes. Tendo em vista o contexto histórico, o resultado não seria outro a não ser a divisão de opiniões entres brancos e negros e até mesmo entre os próprios negros, que possuíam opiniões distintas quanto ao gênero. Mas para aqueles que criticavam apenas pelo apelo racial, não contavam com a qualidade do filmes. Há grandes obras do blaxploitation e listaremos 5 filmes que consideramos importantes.Cabe registrar que o gênero foi um grande formador de clichês cinematográficos, que estão presente até os dias atuais em filmes de ação e filmes policiais.

Coffy (Coffy) - 1973

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Dirigido por Jack Hill e estrelado pela Pam Grier, heroína de vários filmes blaxpoitation, Coffy é uma mulher que resolve caçar traficantes, cafetões e policiais corruptos após quase perder a irmã para o vícios das drogas. Coffy é indispensável e precisa ser visto. Uma pena que no Brasil poucos tiveram a oportunidade de assitir. O roteiro é bom e o filme bem dirigido. Mas o maior triunfo, sem dúvidas, é Pam Grier, que encana Coffy e nos leva a um mundo intrigante. Coffy usa da sensualidade em muitas das vezes para conseguir eliminar todo tipo de escória que passe pela sua frente. A interpretação de Pam Grier é envolvente e responsável, em grande parte, pelo sucesso do filme.
Algo a dizer sobre este filme é que se trata de um dos filmes preferidos de Quentin Tarantino. O diretor gosta tanto que homenageou o gênero em seu filme Jackie Brown (Jackie Brown) 1997, trazendo em seus elenco a própria Pam Grier em homenagem a atriz e ao blaxploitation. Ótimo filme!!!
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Shaft (Shaft) - 1971


 O mais popular do gênero, Shaft foi dirigido por Gordon Parks e estrelado por Richard Roundtree e narra a história de um detetive particular que é contratado por um grande criminoso para encontrar sua filha que foi sequestrada. A trilha sonora marcante nos dá atmosfera adequada do filme e nos insere no mundo dominado por gangues rivais e pela máfia, todos em buscar do poder. Shaft é um cara durão e muito seguro de si. É procurado pelo chefão de um crime organizado devido a sua influência tanto entre negros, quanto entre brancos. Temos aqui um peculiaridade dentro do gênero, uma vez que não há policiais corruptos e o personagem mantem até mesmo uma certa "parceira" com a polícia. O roteiro não é tão marcante ou possui maiores ramificações, mas Shaft é um personagem marcante e um bom exemplo do herói (muitas vezes anti-herói) do gênero aqui retratado.
Devido a popularidade do personagem, há várias sequências e uma série de televisão. 

Super Fly (Super Fly) - 1972

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Dirigido por Gordon Parks Jr. e estrelado por Ron O'neal possui todas as características de um bom blaxploitation, tendo uma trilha sonora impecável. Conta a história um traficante que deseja sair do mundo do crime, mas, para isto, precisa fazer sua última e gigantesca transação para alcançar seu objetivo. 
O filme dividiu opiniões e muitas negros protestaram por entenderem que a imagem de sua raça estava sendo denegrida, uma vez que os negros, na maioria das vezes eram retratados como criminosos, membros de gangues ou traficantes. Enquanto outros, entendiam que era forma de representatividade. Os afro-americanos almejavam por heróis negros no cinema e o blaxploitation tornou isto possível. Contudo, alguns se incomodavam por existir uma limitação a personagens criminosos ou machistas. Criou-se uma divisão de ideias entre os afro-americanos. 
Deixando de lado o contexto histórico e político, Super Fly é um dos melhores do gênero e em termos de técnica é considerado a obra-prima do blaxploitation.


Sweet Sweetback's Baadassss Song (1971)


blaxploitationSim, este título enorme é o título original do filme e foi mantido no Brasil. Escrito, produzido, dirigido e estrelado por Melvin Van Peebles é um filme independente que, infelizmente, aqui no Brasil só é possível assistir se for baixado da internet. Inovador, conta a história de homem que ajuda um desconhecido a escapar da mira de dois policiais racistas. O personagem Sweetback, que ajuda um desconhecido pantera negra, é garoto de programa e por conta disto há inúmeras cenas de sexo. Muitas foram censuradas e houve divisão de opiniões. É considerado sensacionalista, mas não se pode negar que foi revolucionários e trouxe uma narrativa dinâmica em um forma de filmar bem peculiar. Tem um final insano e difícil de acreditar. Ficamos sem fôlego. Pode-se dizer que seria este o pai do Blaxploitation sendo um dos primeiros exemplares do gênero. 

O Chefão do Gueto (Black Caesar) - 1973


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Estrelado por Fred Williamson e dirigido por Larry Cohen o filme conta a história da ascensão e queda de mais temido chefe do crime. Tommy Gibbs nasce no subúrbio e cresce tendo em sua rotina a morte de muitos negros pela polícia. Já adulto se torna em criminoso respeitado e enfrenta a máfia. A trilha sonora, como na maioria dos blaxploitation, é ótima e poderosa e ajuda criar o tom de uma história um tanto quanto dramática. O temas pobreza e racismo são bem explorados e nos é apresentado durante a trajetória do criminoso.